Confira as explicações da personal trainer Selma Tonello sobre os riscos que eles podem nos causar

É um problema comum. Na ansiedade por resultados rápidos, muitas vezes acabamos pulando etapas ou deixando de lado alguns cuidados essenciais na academia. As consequências disso são as mais variadas e vão desde lesões musculares até náuseas e desmaios. Por isso fique atento à lista abaixo e lembre-se das recomendações da personal trainer Selma Tonello, coordenadora da Showa Academia, para que a malhação não faça nada além de bem para o seu corpo.

1. Não realizar os exames iniciais

Procurar um médico antes de começar qualquer atividade física é imprescindível para que o profissional de educação física possa traçar o método de treinamento adequado. Só com esses dados em mãos ele saberá se há alguma restrição a determinada prática ou como usar os exercícios para ajudar na saúde do aluno. “Pelo exame de sangue, por exemplo, temos dados como nível de colesterol, triglicérides e glicemia, números que podemos melhorar com a atividade física”, explica Selma. Mas ela reforça: “esses exames, porém, devem ser repetidos periodicamente, e não somente no início do treinamento”.

2. Pular o aquecimento

Não adianta ter preguiça: aquecer é fundamental e não vai te exigir mais do que cinco minutos. Segundo a especialista, esse é o tempo mínimo recomendado para que o corpo comece a se adaptar ao esforço físico. “Algumas pessoas acabam pulando essa etapa por achá-la desnecessária ou por terem pouco tempo para realizar o treino. Elas não sabem que quando começamos a nos movimentar de forma progressiva, o sangue é distribuído para os órgãos e músculos, melhorando a capacidade do sistema vascular e músculo-esquelético. Com isso aceleramos nosso metabolismo e ainda diminuímos as chances de lesões, já que os músculos aquecidos se tornam mais ‘elásticos’”.

3. Pegar peso acima do recomendado

De acordo com Selma, a palavra-chave neste caso é “lesão”, seja nos tendões, nas articulações ou nos músculos. “O músculo é formado por feixes, que possuem fibras que contraem e relaxam durante um movimento articular. Se a sobrecarga ao esforço para executar o movimento for maior do que elas suportam, pode ocorrer seu rompimento parcial ou total, a conhecida distensão muscular. Os tendões também podem ser rompidos por fadiga ou falta de fortalecimento. Então, para evitar esse tipo de problema a dica é aumentar a carga gradativamente”.

4. Não se alimentar antes

“O alimento é o combustível do corpo”. Todo mundo já escutou isso, mas ainda é comum ver quem deixe de se alimentar antes da academia. Se isso acontece, o resultado é a queda da glicemia, que pode levar a sintomas como cansaço, dor de cabeça, tontura, náusea e até desmaio. “Engana-se quem pratica atividade física sem comer pensando que vai emagrecer. Quando nos alimentamos a cada três horas, nosso organismo entende que houve reposição energética para gastar e passa a fazer isso sem comprometer seu funcionamento”, destaca a professora de educação física.

5. Esquecer de beber água durante o treino

Durante o exercício perdemos água pelo suor, acima do que nosso corpo é capaz de produzir. Uma vez que ela é fundamental para o transporte de oxigênio aos músculos e também para o controle da temperatura corporal, a recomendação é ingerir, em média, de 150 a 200 ml a cada 20 minutos de exercício. “O excesso pode ser prejudicial, pois pode acarretar na eliminação dos sais minerais, tão importantes para o equilíbrio do organismo”.

6. Optar por um calçado inadequado

A escolha do tênis depende do tipo de atividade praticada, mas na hora de comprá-lo é necessário avaliar o tipo de solado, o material e a pisada. Isso vale não apenas para garantir o conforto, mas também para evitar lesões (graças à absorção do impacto) e melhorar o desempenho.

7. Prender a respiração

Durante a prática do exercício físico, principalmente nos mais intensos, uma grande quantidade de oxigênio é utilizada pelos músculos. “Muitas vezes o nariz não consegue atender sozinho a essa necessidade maior de ventilação, por isso muita gente acaba respirando com a boca também. Isso não está errado. O que precisa ser evitado é o bloqueio respiratório, também chamado de apneia, que compromete nosso coração por aumentar a pressão do sangue nas artérias”, conclui Selma Tonello.