Há cerca de doze anos, duas senhoras levam água, comida e carinho para um grupo de gatos que acabou se juntando em uma construção abandonada no bairro Chácara Flora. Mas, desde fevereiro de 2013, elas passaram a contar com a ajuda de um grupo de moradores da região, que se organizaram e criaram o projeto “Lá Na Minha Rua”.
“Quando descobrimos a comunidade de gatos nesse terreno, nossa primeira preocupação foi ajudar a alimentá-los, então começamos a levar comida e água diariamente. Até que um dia pegamos um filhote, o Sansão. Não tínhamos nenhuma estrutura, nem experiência em resgate de animais de rua. Conseguimos uma casa para ele e, pouco depois, também encontramos lar para outra gatinha, a Charlotte. Desde então, estamos sempre tentando resgatar os gatinhos que ainda estão na casa, além de ajudar outros que são abandonados. No total já resgatamos mais de 60”, conta o voluntário Hugo Rosso, gerente de marketing digital em uma startup.
Para encontrar donos para esses animais, utilizam principalmente o Facebook e as feiras de adoção. Antes disso, porém, levam-nos no veterinário, providenciam as vacinas, realizam testes FIV/FELV (doenças que afetam a imunidade dos gatos e os impedem de conviver com outros felinos) e também colocam um microchip, que garante a identificação do bicho caso um dia ele se perca. Isso além de todo um trabalho de socialização para que possam conviver bem com humanos.
Em 2013, eram cerca de 48 gatos adultos no terreno. Atualmente há cerca de 20 com mais de um ano e 15 com menos de um ano, por isso os voluntários necessitam de ajuda. “No momento precisamos de ração, kits de teste para FIV/FELV, vacinas, microchips e lar temporário. As pessoas também podem apadrinhar um gatinho e nos ajudar com os gastos dele. A entrega das doações precisar ser agendada conosco – podemos marcar um local para retirar ou para a doação ser entregue”, diz a jornalista e fotógrafa Lucianna Ferreira, também voluntária.